Gualberto Rita pede medidas urgentes para fazer face a quebra de 83% no rendimento da pesca nos Açores
São precisas medidas urgentes para suprir quebra no rendimento da pesca.
São precisas medidas urgentes para suprir quebra no rendimento da pesca.
A Federação das Pescas dos Açores defendeu mais apoios para o setor “num momento complicado” devido à pandemia da covid-19, alegando que “até ao momento” há medidas que “em pouco auxiliam” os pescadores e as empresas.
O presidente da Federação das Pescas dos Açores, Gualberto Rita, disse que cerca de 80% da frota pesqueira dos Açores “está parada”, devido à pandemia de Covid-19, com “fortes impactos” no rendimento dos pescadores e na economia.
A evolução do surto do Covid-19, que levou Marcelo Rebelo de Sousa a decretar na quarta-feira o estado de emergência em Portugal, está a mexer com todos os sectores da economia e a pesca não é excepção.
Itália, Espanha e até já o continente português estão a deixar de comprar peixe açoriano. Valor em lota caiu a pique na segunda-feira e, desde aí, cerca de 80% da frota da frota de pesca está em terra.
O Governo dos Açores, através da Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, procedeu à definição da localização dos portos de descarga obrigatória do pescado capturado na Região das embarcações registadas nos portos açorianos que exerçam pesca profissional.
As medidas excepcionais aplicam-se apenas a projectos de investimento e não a prémios, sendo que, no caso dos Açores, poderão abranger os beneficiários de projectos em curso.
Mais do que altera o Fundopesca, a Federação das Pescas dos Açores defende a criação de um novo Fundo de Compensação Salarial dos pescadores, onde o setor tenha maior poder.
“Se os resultados nos dizem que os pescadores estão a conseguir retirar mais rendimento do seu trabalho, se temos hoje mais de 1.100 pescadores da Região com mais formação, se temos a determinação do Governo em prosseguir o investimento nesta área, não temos de recear esse futuro”.